NO MESMO LUGAR

Quando a noite chegar,
Trazendo consigo os temores,
E a solidão alimentar,
Lentamente as suas dores.

Quando você não mais se conter,
De tanta saudade,
Do silêncio uma lágrima escorrer...
E umedecer a sua realidade.

Quando a sua mão me procurar,
E encontrar na cama apenas o vão,
E no desespero você apertar,
O travesseiro no seu coração.

Quando os seus lábios revelarem,
A avidez por meus beijos ardentes,
E as palavras sutis ecoarem...
O Reflexo de um corpo carente.

Saiba; habita em mim um imensurável afã,
De fazer-te plenamente feliz,
Como um sol que alegra cada manhã,
Repleta de vida a flor-de-lis.
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Quando (e se) a sua alma se libertar,
Dos fantasmas, do orgulho, do não sei o quê,
Estou no mesmo lugar – pode me chamar,
Que eu voltarei para você.