SAUDADE QUE BATE

(SÓCRATES DI LIMA)

A saudade deixa o peito nocauteado,

A saudade bate á porta do coração.,

E como porta solta soprada pelo vento irado,

Sacode os sentimentos sobrepostos em comunhão.,

A saudade é vendaval,

É arrebatadora, nostálgica,

Invadiu impiedosa o meu quintal,

E pôs em cheque minha alma estática.

A saudade bate com a rigidez de uma estaca,

Que violenta perfura a carne da terra sem se ponderar.,

Faz estragos profundos, rasga como faca,

Sem piedade, tripudia e faz chorar.

É a saudade de um amor que sucumbiu,

Deixou um coração em frangalhos.,

Velejou e se distanciou do porto que partiu,

E não se alcança, nem mesmo por atalhos.

E eu fiquei só, ancorado no meu porto solidão,

Acompanhado da minha sombra e sua compaixão.,

Só com os bons momentos de sonho e ilusão,

Marcados pelo amor profundo que se alojou no coração.

É a saudade estúpida que me corrói,

Que me faz sentir desesperado.,

Agoniado com essa ferida que dói,

Aberta, exposta ao relento orvalhado.

Ah! Esta saudade da mulher amada,

Que por capricho escondeu-se na sua verdade.,

Sem se importar com o preço da empreitada,

De sofrer de amor e apanhando da saudade.

(Em 21/10/2008 - Registrada)

APENAS UM POEMA

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/10/2008
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T1240497
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