O TAMANHO DA SAUDADE É A SOLIDÃO

(Sócrates Di Lima)

Todos os dias parecem iguais,

Faço tudo numa rotina permanente.,

Levanto-me pela manhã já com meus ais,

Deito-me ao final da noite como indigente.

Sou como um andarilho da minha sorte,

Em qualquer canto do meu coração eu me pego na tristeza.,

Esperando ansioso que o tempo cicatrize o corte,

Aberto no meu peito pela lâmina da tua frieza.

Chego a me insuportar com certeza.

Pareço impaciente e não me dou conta,

Que não vale a pena viver na incerteza,

De um amor indeciso e que só me afronta.

Mas, tenho que conviver com este dilema,

De querer amar buscando e batendo em qualquer porta.,

Querendo a felicidade a todo custo e sem que eu tema,

Pela minha infelicidade de amar sem resposta.

Às vezes me sinto inocente, outras, tolerante,

Às vezes me sinto algoz, impetuoso amante.,

Mas as vezes não passo de um coadjuvante,

Numa peça de teatro, onde o astro é principiante.

Mas na verdade, passo os dias distante do teu abraço,

Distante dos teus beijos e cheio de insatisfação.,

Sentindo-me perdido, sem saber o que faço,

Para te fazer entender que o tamanho da saudade é a minha solidão.

(Em 17/10/2008 - Registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/10/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1233085
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