AUSÊNCIA QUE TRAZ SAUDADE

(Socrates Di LIma)

Não me distancie dos teus abraços,

Os meus braços se perderam depois de tê-los.,

A tua ausência faz meus delírios em pedaços,

Que ao invés de sonhos, tenho pesadelos.

Em frangalhos estão meus pensamentos,

Não sentem outra coisa senão tua ausência.,

Não expressam mais os versos que eram alimentos,

Para este coração que triste entra em abstinência.

Volte, não faça isto comigo,

Tiraste-me o chão, mas não me deste asas para voar.,

Embusca do tempo que se fez perdido,

No caminho que nos propusemos a caminhar.

Talvez tivesse algum motivo,

Esses que eu bem conheço.,

A tua vida presa a laços emotivos,

Que me faz sem vontade, pagar um alto preço.

E o meu preço é a solidão,

Que me toma e me domina.,

Faz-me sofrer as penas do coração,

Como se esta fosse a minha sina.

Eu não mereço a tua ausência,

Pois o amor que eu sem poder me dediquei.,

Fui contra alguns princípios por tolerância,

Em sufocar os medos de amar, que eu criei.

Faz-te distante e em silêncio nada me diz,

E eu aqui sem saber se devo te procurar.,

Mesmo porque, não sei o que foi que eu fiz,

Para que de repente isto venha a me torturar.

Como não dei motivos para esse afastamento,

Creio que nada irei fazer.,

Só me resta esperar mudança no teu comportamento,

E supere teus medos, pois este amor precisa sobreviver.

Apesar de toda esta agonia insustentável,

Hei de esperar-te nesta louca ansiedade.,

Pois, tenho certeza que esta ausência é superável,

Já que nem eu, nem tu, se agüenta de tanta saudade.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 15/10/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1229468
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.