Fascínio

A lua congelada lá no céu me lembra você.

A saudade me acorda no meio da noite, pede um lugar na cama e não fala nada.

E quando a luz do dia me acorda a saudade já foi embora e não deixou nenhum bilhete.

Toda aquela falta que a pouco me dilacerava o peito, agora não é nada, não sobraram nem cinzas.

Meu fascínio é sentir saudades suas.

Deliro quando o meu corpo dói.

O ar tem o cheiro teu, arde à garganta respirar você.

E quando você vem.

Beijar-te a boca é asco.

Seus olhos verdes. Vou roubá-los.

Quando anoitece a saudade vem, me dá a mão, ardente.

A tua, gelada.

Meu fascínio é sentir a tua falta, você não é nada.

Tua mão gelada, meu corpo dói.

Vem saudade me fazer companhia.

Vem saudade...

Para a saudade de R.H