A PARTIDA DO TREM DAS ALMAS PERDIDAS

A PARTIDA DO TREM DAS ALMAS PERDIDAS

Os sons tocam em meus ouvidos

O trem da vida com seu apito

Avisa que é hora de partir...

Sentar em qualquer lugar,

Ler qualquer livro,

Ir sem ter aonde chegar...

Não ver o tempo corrido

Isso me parecia liberdade,

Em minha passada mocidade,

hoje... Vejo turvo e longe...

E hoje sei o que lá se esconde

Nesta curva da estrada... Nada

A viagem segue o dia...Sem parada

Segue as estrelas, a lua...A vida

O trem que puxa as almas...Vaga

O vento no rosto...Brisa gelada

Me faz lembrar...Que tudo passa

Menos esta certeza... Que não há nada por vir

e ser livre... É um adjetivo nobre para fugir

...

02:15 de mais um dia do Senhor,

nesta vida passageira

onde o sonhar

é poeira

e a liberdade

é cinza

nos olhos de quem

não pode seguir caminho algum... Sozinho.

Sonhos a dois...

Que vem depois

Do ato de amar

Do simples ato

De despertar

O ver e o tato

O sentir e o faro

Nos Campos verdes, vou amá-la...

Eterna aliança formada

Como criança no sono embalada

Menina dos meus olhos...

Por ti nada vejo

Em ti sou só desejo

Sem traços de medo

Minha esperança

É como criança

É como a doce maçã

É sorriso de bebê logo de manhã...

A flor perto de seu coração

Quer entrar e fazer morada

Em seu jardim...

Abra seu peito

Em branco tecido cetim

Beijo, luz e desejo

Cheiro...

Jasmim...

Olhar assim, me traz a poesia,

Alegria...

Ela nasce e floresce em beleza...

Sua natureza... Flechada de cupido

Meu riso

Tão tímido

Quem espera por mim?

Tão longe... Logo ali...

OTAVIO JM
Enviado por OTAVIO JM em 30/09/2008
Reeditado em 06/11/2008
Código do texto: T1204665
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