SAUDADE DE MACEIÓ
O meu coração partido
Sofre a dor dilacerante
Da saudade calcinante
De minha terra distante.
Meu Maceió querido
No meio da multidão silente
O meu corpo está presente
Mas minha alma, ausente
Vaga longe, perdida.
O Mar no alvorecer do dia
Pela brisa acariciado
Parece de ouro salpicado
Como se deste metal fosse pintado.
Brincando cheio de alegria
Vem na praia derramar
As ondas altas a encrespar
A espuma branca espalhar.
Como estar lá eu queria ...
O sol a terra a iluminar
Espalhando luz e calor.
Lá existe tanto amor
E eu aqui tão só Senhor!
Vivo Maceió a relembrar
O coqueiral esguio balouçante
Nas noites de luar fascinante
Pajussara, meu bairro elegante
Onde vive a família e é meu lar.
Eu preciso pra lá voltar
Estou ficando doente
Desta saudade inclemente
Terrível, doida, premente
Que são consigo superar.
A minha vida está minando
Minhas forças fraquejando
Deus... Vou suportar até quando?
Ai que vontade de chorar.
Em homenagem ao meu sobrinho Marcionilo