LUZ DIVINA

Quando eu me olhar no espelho e,

Não reconhecer-me mais,

Lembrarei dos velhinhos quase imóveis,

Que na praça, insistiam em ler jornais.

Com este olhar distante

Que no tempo se desfaz,

Verei um manto de saudade

A cobrir-me de paz...

Destas vestes que hoje me envaidece,

Tão pouco lembrarei mais...

E, a chama dessa vida,

que há de passar,

Reacendê-la-ei no clarão

Da luz divina, que ei de alcançar.

(Áurea Nunes)

Aurea de Luz
Enviado por Aurea de Luz em 21/09/2008
Reeditado em 19/02/2009
Código do texto: T1189996
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