Fio de Luz

Me imagino um fio de luz

Entrando em seu olhar ofuscante

E em meio a tudo posso ver...

Dos sonhos mais embriagantes

As faces de duas almas

Escondidas pela sombra da mansidão

Bem guardadas as fortes emoções.

Tudo se cala, o silêncio profundo se faz

E quando a gota do sereno da madrugada cai,

Gelado e sóbrio, arrepiante soprado pelo vento.

Cai sobre uma das almas, que revive o tópico

De vagas lembranças guardadas pelo medo.

O âmbito se ilumina por inteiro.

E não se acha paradeiro para o momento.

Cai se então um corpo ao chão

E no meio da imensa luz vê-se escuridão

Abrangente e forte dor.

O fio de luz sai rapidamente de seu olhar

O silêncio se cala e abre as cortinas

O teatro da vida repete entusiasmado

Sena de um sonho profundo

Realeza de duas almas

Que se encontram entusiasmadas

E nem se quer há chances de se tocarem.