Noite Fria
Brilhante, misteriosa,
Silêncio profundo, Sonhos.
No adormecer, o frio da saudade.
Posso ouvir seus passos e a canção.
Ao toque, entre cobertores e travesseiros,
um lamento, em lágrimas mudas.
Noite fria de inverno,
gela a pele no tecer dos versos.
O céu, manto que contrasta a luz da lua,
sonhos tristonhos, contesta a dor
e a geada congela a ilusão.
Compõe o cenário um riso ausente
Vestindo tristeza encobre a alma nua,
Sentindo no coração as cores do beijo:
no corpo, doeu.
Marinês Bonacina 3:20hs.
Porto Alegre, 25/08/2008