Morta-Viva
Vive hoje pisando em relva
A beber do mel silvestre
Nas flores do belo campestre.
E Sentindo o coração pulsar
Sentindo a alegria bater
Se fosse como a imaginação solta
Aguardando a boneca a andar.
Ao longe barcos vêm chegando
Indefinidas cores flutuando.
Nódoas roxas surgem pelo chão
Drágeas perfumadas explodindo
A minha imagem é o que vejo sorrindo.
Tão sóbria estive pra viver
E morta agora vivo sem querer.
Aos poucos para a cova vou marchando
Mais cruel sozinha do que antes
O sino toca em meu pulso espumante.