Ventos de saudade
Vista o vento que varria
as vestes estendidas no varal do tempo.
Soltas no ar, voando para longe,
na velocidade do que distancia.
Sumindo entre as nuvens de poeira
que a saudade vez em quando trazia...
vista a alma de poesia,
inspire-se na brisa que não cessa.
Porque esses ventos passam rápido demais
e pouco sobra do que ficou para trás.
E nas tendências nuas e enclausuradas,
secam a memória, peça por peça...
"Quem pagará o enterro e as flores, se eu morrer de amores?"
Vinícius de Moraes