Ventos de saudade

Vista o vento que varria

as vestes estendidas no varal do tempo.

Soltas no ar, voando para longe,

na velocidade do que distancia.

Sumindo entre as nuvens de poeira

que a saudade vez em quando trazia...

vista a alma de poesia,

inspire-se na brisa que não cessa.

Porque esses ventos passam rápido demais

e pouco sobra do que ficou para trás.

E nas tendências nuas e enclausuradas,

secam a memória, peça por peça...

"Quem pagará o enterro e as flores, se eu morrer de amores?"

Vinícius de Moraes

SATURNO
Enviado por SATURNO em 26/08/2008
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T1146797
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