SÓ LEMBRANÇAS

Essa saudade de Teresa
que me tortura e arrasa,
bate muito forte sem leveza
deixando meu peito em brasa.

Comigo nunca foi humilde
sempre maltrata o coração,
a triste lembrança de Matilde
me ataca com um arpão.

E uma dor que vira agonia
que nem gosto de lembrar,
mas quando lembro de Luzia
logo um lenço vou procurar.

Por uma outra muito sofrí
ainda me dói essa solidão,
quando me separei de Iraci
ficou ferido meu coração.

Por que não consigo esquecer?
Por que em mim a fatalidade?
E so tristeza que faz sofrer
quando minha alma invade.

Por que embora ela não vai?
Não a quero por companheira,
por que, como um fruto não cai
deixando livre a fruteira?
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 24/08/2008
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