A SANTA CRUZ DO SERTÃO

Hoje enfrentarei o frio e o orvalho,
vou fazer um dificil e árduo trabalho,
vou trabalhar desde cedo lá no grotão.
Quando amanhecer,  que do dia ver a luz,
começarei a limpar a pequena santa cruz,
que esta abandonada naquele sertão.

Se o mundo, do pequeno templo esqueceu,
tem alguem que não, esse alguem sou eu,
hoje, vou livra-la, daquela vegetação.
O mato, que o deixa quase todo tampado,
terá poda, hoje vai ficar  descampado,
vou caprichar, por que ali, jaz um irmão.

Depois de limpa, sera caiada com cores
tambem receberá a seu lado, muitas flores,
deixarei bem bonita, essa erma habitação.
O lugar que uma alma hoje hiberna,
a santa cruz, que e sua morada eterna,
so não posso deixar livre, da solidão.

Santa cruz, que vejo em meu caminho,
continue dando morada ao passarinho
que te faz companhia na escuridão.
Pintarei as letras, que ja nada aparece
deixarei tambem, escrita, uma prece
para meu saudoso pai, uma bela oração.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 24/08/2008
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