Deserto

E essa dor que me inquieta

Que me deixa inerte

Que me toma a alma

E que me acalma...

Acalma a dor

Acalma a calma

E que transforma tudo

Tudo em nada.

Nada que não compreendo

Nada que eu enxergo

Na soleira da minha porta

E que me põe morta...

Morta pelo cansaço

Morta pelo espaço

Espaço que me aprisiona

Na cama, na lona.

Deserto que percorri

Nas noites frias em que vivi

Deserto que bebi

Dos beijos que ainda não esqueci!