A FONTE
A FONTE
Uma a uma as folhas vão caindo
E um leve rumor de asas se extinguindo
Lá para as bandas do poente.
E, uma lágrima farta e atrevida,
Consome-se na chama viva
Do meu peito tão ardente!...
Porque é tarde e as sombras já se adensam,
Procuro o teu refúgio e também a bênção
Como se foras de minha mãe o regaço.
Minha fonte de água pura
Mata-me a sede, esta amargura,
Refrigera o meu cansaço.
do livro Silêncios que Gritam (1999)