A FONTE

A FONTE

Uma a uma as folhas vão caindo

E um leve rumor de asas se extinguindo

Lá para as bandas do poente.

E, uma lágrima farta e atrevida,

Consome-se na chama viva

Do meu peito tão ardente!...

Porque é tarde e as sombras já se adensam,

Procuro o teu refúgio e também a bênção

Como se foras de minha mãe o regaço.

Minha fonte de água pura

Mata-me a sede, esta amargura,

Refrigera o meu cansaço.

do livro Silêncios que Gritam (1999)

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 22/08/2008
Código do texto: T1140448