ÁGUAS DE UM REGATO

Ao lado de uma fechada capoeira,
fazia barulho como uma cachoeira,
o pequeno regato, que ali passava.
Dos degraus de um pequeno quiosque,
saia o barulho, tirando o silêncio do bosque,
e do pequeno rancho que eu morava.

O barulho, que invadia a minha morada,
misturava-se com os pios da madrugada,
ficando por muitas horas a escutar...
Bem abaixo de onde nascia, de sua mina,
preparava para correr pela verde campina
deixando o barulho, e rumando para o mar.

As límpidas águas, que na mina nascia
produziam nas caídas, uma suave melodia,
que chegavam bonitas aos ouvidos meus.
O barulho do regato, tenho na lembrança,
vejo as águas, que continuamente avança
provocando o barulho, para me dizer adeus.

Daquele tempo, no inicio da minha mocidade,
do pequeno regato, hoje so resta a saudade,
tambem temos na vida, os nossos mananciais.
Águas dessa mina, que viajaram sem parar,
durante todo o dia, e tambem em noites de luar,
passaram por minha vida, e não voltaram mais.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 20/08/2008
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