No meu tempo de menino
No meu tempo de menino
viajava-se de carroça
a poltrona era de milho
e a passagem era de borla.
A velocidade não era um risco
porque o boi tinha tacógrafo,
o ABS era o nariz
e o acelerador o chicote.
O banheiro ao ar livre
não precisava de porta
e o papel ainda virgem
era folha de mandioca.
A viagem prosseguia
com o silencio da roça
e o sol que batia
não faziam pipocas.
O boi já sentia o cheiro da hora
e o cão que latia avisa de fora,
a viagem acabava de fronte a porta
e a minha avô recebia-me
com a felicidade nos olhos.
No meu tempo de menino
viajava-se de carroça
a poltrona era de milho
e a passagem era de borla.
A velocidade não era um risco
porque o boi tinha tacógrafo,
o ABS era o nariz
e o acelerador o chicote.
O banheiro ao ar livre
não precisava de porta
e o papel ainda virgem
era folha de mandioca.
A viagem prosseguia
com o silencio da roça
e o sol que batia
não faziam pipocas.
O boi já sentia o cheiro da hora
e o cão que latia avisa de fora,
a viagem acabava de fronte a porta
e a minha avô recebia-me
com a felicidade nos olhos.