Perda...
Minhas palavras são como fantasmas...
Como o sombrio sopro da madrugada,
A inocência injusta que se desfaz em sombra.
Trancado em silêncio,
Em calabouços gritantes e vazios,
Em páginas intermináveis...
Como olhar a lua desaparecer nas ondas do mar
E esconder seu brilho nos olhos dela,
Tão distante das minhas lembranças,
Por onde seus pés caminharam,
Um vestígio sobre o seu rumo,
Uma bússola a guiar meus passos.
Por onde andarei até encontrá-la?
Uma parte de mim anda perdida,
A outra ainda procura a esperança de revê-la,
Ambas se odeiam.
Se me encontrasse outra vez,
Minhas palavras reviveriam,
Num fim dessas páginas,
A promessa de que ela me esperaria,
Devolvendo o brilho da lua,
Que seu olhar tomou para si...