Perda...

Minhas palavras são como fantasmas...

Como o sombrio sopro da madrugada,

A inocência injusta que se desfaz em sombra.

Trancado em silêncio,

Em calabouços gritantes e vazios,

Em páginas intermináveis...

Como olhar a lua desaparecer nas ondas do mar

E esconder seu brilho nos olhos dela,

Tão distante das minhas lembranças,

Por onde seus pés caminharam,

Um vestígio sobre o seu rumo,

Uma bússola a guiar meus passos.

Por onde andarei até encontrá-la?

Uma parte de mim anda perdida,

A outra ainda procura a esperança de revê-la,

Ambas se odeiam.

Se me encontrasse outra vez,

Minhas palavras reviveriam,

Num fim dessas páginas,

A promessa de que ela me esperaria,

Devolvendo o brilho da lua,

Que seu olhar tomou para si...

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 10/08/2008
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