Carência
Tua boca, não só falava
coisas de amor e sorria,
nela eu me perdia, buscava
e se não a tinha, sofria.
Teu olhar, não só olhava,
abria a janela escondida
e a porta que mostrava
num piscar, a tua vida.
Teu corpo, que era tão meu,
e saciava toda minha fome,
não sei se já esqueceu
quem sabe, até meu nome.