SAUDADE INFINDA

Ah! Se eu pudesse...

Se algum poder tivesse,

Pra expurgar essa dor!

Dor contida, dor curtida...

Que machuca, que trucida,

Da alma as doridas fibras,

Do coração,o ânimo feliz.

O tempo flui, ela fica...

Cruel, mantida.

Não se esgota,não se importa,

Apenas reina,impiedosa...

Não percebe,não atina,

De que é preciso a paz...

Não entende;não pressente:

Que o antigo amor que me ornava a vida,

E que me legou essa saudade infinda,

Criou asas de repente...

Confundiu-se com o vento,

Além da vida além do tempo...

E não regressará jamais!...

Sandra Sarmento
Enviado por Sandra Sarmento em 05/08/2008
Reeditado em 14/05/2010
Código do texto: T1114469
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