MEU MANO

Impossível distinguir o que sinto,

Quando penso em ti...

Uma noite,

Você chegou a minha casa,

Com seu sorriso matreiro...

Andar indolente...

Jeito de menino,

Que cometeu travessuras,

Querendo algo,

Pedindo abrigo,

Abriu-se comigo,

Dei-te consolo...

E um peito amigo,

Saímos juntos,

Na cumplicidade,

Pela cidade,

Que vivemos quando criança...

Paramos... Dançamos...

Queria lembrar a música,

Deus me presenteou naquele dia,

Com a sua companhia,

Se soubesse que seria,

Nossos últimos momentos juntos,

Teria vivido da mesma maneira que vivi...

E não me arrependi,

De você, naquela noite me despedi...

Algumas horas depois...

Recebi a notícia da tua partida...

Fiquei chocada,... Paralisada...

Clamei aos céus desesperada,

Oh! Deus ressuscitasse Lázaro,

Não me deixa tão abandonada...

Trás de volta meu irmão querido,

Que precisava tanto do meu,

Ombro amigo...

E em todas as horas,

Contava sempre comigo...

Agora entendo a tua partida,

Sóis anjo de Deus, que estais ajudando,

Todos na terra, e os filhos teus.