ACIMA DE NOSSAS VONTADES

As lembranças que trago no peito

De um tempo tão remoto

São saudades que têm feito

Dos meus dias terremotos

Tento arrancar essas lembranças

Com lágrimas de sangue

E transformá-las em esperanças

Que meus sonhos ainda persegue

Se o passado não pode vir a ser

O tão sonhado presente

Então que me mostre que viver

É um ato inconseqüente

Pois o futuro e o presente

Não depende só de nossas vontades

Mas de situações evidentemente

Que nos escapam à racionalidade