REALIDADE IMPRECISA

A vela chora.

Cera derrama.

Fixo o olhar.

Na chama.

Como esquecer alguém que se ama?

Na pequena labareda começo a viajar.

Vou meu amado encontrar.

Começamos a nos abraçar.

Beijar.

A chama aumenta.

Me tenta.

Me testa.

Me empresta.

Uma realidade imprecisa.

Fico indecisa.

Com o olhar na chama meu corpo desliza.

No chão me estendo.

Estou te vendo?

Não.

É sonho.

Mas que bom sonhar! Ainda mais quando no sonho o nosso amor podemos encontrar.

Se a vela acabar?

Ah, eu vou me levantar.

Vou andar.

Esperar o tempo passar.

Logo vamos nos encontrar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 26/07/2008
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T1098893
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