LEMBRANÇAS
Da cadeira de balanço
na varanda da casa,
eu podia ouvir, lá em baixo,
o murmurar manso
das águas do riacho.
Fechava os olhos lentamente
e imaginava suas correntes,
canção alegre
para um solo carente
que de ouvir se alegrava
e fecundava a semente.
Imaginava ainda, do riacho,
suas pedras, suas cores,
seus beija-flores,
a pinguela e os peixes
passando por debaixo dela.
Eu imaginava o que tinha vontade
e quando abria os olhos,
tudo era de verdade.
Hoje, da janela de um apartamento,
eu olho a cidade...
Monstro cinzento
expelindo ao vento
seus gases mortais.
Fecho os olhos
e imagino, homens, mulheres, meninos...
Sem varanda,
sem cadeira de balanço,
sem semente pra plantar
e sem o murmúrio manso
de um riacho pra lembrar
Da cadeira de balanço
na varanda da casa,
eu podia ouvir, lá em baixo,
o murmurar manso
das águas do riacho.
Fechava os olhos lentamente
e imaginava suas correntes,
canção alegre
para um solo carente
que de ouvir se alegrava
e fecundava a semente.
Imaginava ainda, do riacho,
suas pedras, suas cores,
seus beija-flores,
a pinguela e os peixes
passando por debaixo dela.
Eu imaginava o que tinha vontade
e quando abria os olhos,
tudo era de verdade.
Hoje, da janela de um apartamento,
eu olho a cidade...
Monstro cinzento
expelindo ao vento
seus gases mortais.
Fecho os olhos
e imagino, homens, mulheres, meninos...
Sem varanda,
sem cadeira de balanço,
sem semente pra plantar
e sem o murmúrio manso
de um riacho pra lembrar