SAUDADES...

Saudade...

Cláudia Canoza

A margem de um rio cantarolante, vem a Saudade.

Saudade que defino uma palavra triste, pois quando ela aperta meu coração transborda em meus olhos.

Saudade que acaricia meu coração, Saudade da infância perdida.

Saudade do pai que me cobria no frio, do irmão que me fazia cócegas até rolarmos no chão.

Saudade que acaricia minha imaginação,

Saudade de sonhos que embalam meus dias e ainda não foram vividos.

Saudade de ir a um estádio de futebol gritar gol quando for no travessão.

Saudade de ficar ao luar escutando a música tocar e ir embora somente quando o dia clarear.

Saudade da vontade de amar no mar.

Saudade que faz a água se afogar sobre o leito,

Saudade do momento em que vi o mundo girar e depois de um cansaço escutar a frase * Para sempre vou te Amar*.

Saudade do amor inventado que começou tudo errado.

Saudade de uma oportunidade de mudar o caminho dessa correnteza.

Agora viverei em ribanceiras, assistindo ao nosso desencontro que depois de tanta loucura só nos resta a Saudade desse rio profundo...

Cláudia Canoza

BH 18/07/08