Lembranças que matam.
Fingir que nada aconteceu?
Meus gestos falam por mim.
Como mentir que não doeu?
Meu pranto não tem fim.
Sou só amargura,
minha alma adoeceu.
Procuro encontrar a cura,
uma resposta prá esse mal,
que quer perpetuar enfim
como se fosse normal
sofrer assim.
É fácil entender,
racionalizar,
justificar o não,
fujo sem perceber,
cansei de tentar
fico irracional
bato na mesma tecla
mas a música esqueceu a melodia
toda a promessa que um dia
tocou no meu coração
encheu de luz meu olhar
me fez apaixonar.
Sou tudo que não queria ser
amarga, sem graça
tentando esquecer
toda a sensação
que me abraça,
me aprisiona, embaraça
quero paz no meu coração,
que bate e descompaça
toda vez que teu olhar
cruza com o meu,
aquece minha imaginação
viajo na ilusão
mas é só lembrar,
funciona como um start,
morre em mim
a esperança
um triste fim.