UMA JANELA, UM LUAR

Quarto deserto, onde encontro a loucura,
quarto que ja foi, um ninho de amor,
onde em sua parede, esta a pintura,
era voce, na forma de uma flor.

Onde, de sua pétala, fui o jardineiro,
que regava nosso amor com ternura,
triste quarto, aqui me tem prisioneiro,
estou preso, a sua saudosa escultura.

Lembrança que pela parede hoje vaga,
tentando lembrar, o que escrevi um dia,
recordação que nela se apaga
desapareceu da parede, minha poesia.

A saudade minha e a saudade dela
que para sempre vou recordar,
de nós dois, juntinhos na janela,
entre beijos, admirando o luar.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/07/2008
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