Desmistérios

Ao Meu Pai

Te sinto em cada ranhura

em cada passagem de nuvem

em cada folha nova caída

do não- sentido pulsante da vida.

Te sinto vívido

como se o mistério da morte

não mais me ativesse

preenchendo-me de tua falta

em doces abraços

em suaves conversas

Ah! o não-saber não mais me acorrenta!

Te sinto sem entender como

ainda que várias matizes de cor

a ganhar novas nuances

um halo me apresentasse tal suave estranheza

em delicados versos vibrantes.

Ana Paula Perissé
Enviado por Ana Paula Perissé em 07/07/2008
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T1068898
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