Lágrimas
Olhar pela fresta da janela entreaberta
No espaço dos sentimentos retidos
Caem suavemente os respingos
Na boca desconcerta.
O tempo cinza escurece os desejos
A memória branda acalenta batuques
Os tambores aceleram lampejos
Relembrando corpos manduques.
A desfloração em árdua queda
Rompe o mito da imagem singela
E o fogo ardendo lança a labareda
Uma torrente de lágrimas agora segreda.