A espera
Não menosprezes a espera
é ela que faz o teu encanto
se não fosse ela, o que pudera
desencadear esse meu pranto?
Calma, eu guardo o mesmo rosto,
o gesto polido e calculado,
enquanto vou esperando
vires de vez ficar ao meu lado.
E o teu jeito de falar, as prosas,
imagino que sejam como anteriormente
ainda soando como palavras ociosas
que tu me proferias demasiadamente.
Continuo levando o meu andar lentamente
por esse rumo rotineiro que se segue,
até que me apareças a tua presença iminente
e então por esse caminho eu cesse.
Não te afliges pois eu espero que regresse,
almejo a tua volta, sem me ser fardo
e mesmo que mil “adeuses” dissesses
ainda a todos os mil teria esperado.
*Texto fictício