A espera

Não menosprezes a espera

é ela que faz o teu encanto

se não fosse ela, o que pudera

desencadear esse meu pranto?

Calma, eu guardo o mesmo rosto,

o gesto polido e calculado,

enquanto vou esperando

vires de vez ficar ao meu lado.

E o teu jeito de falar, as prosas,

imagino que sejam como anteriormente

ainda soando como palavras ociosas

que tu me proferias demasiadamente.

Continuo levando o meu andar lentamente

por esse rumo rotineiro que se segue,

até que me apareças a tua presença iminente

e então por esse caminho eu cesse.

Não te afliges pois eu espero que regresse,

almejo a tua volta, sem me ser fardo

e mesmo que mil “adeuses” dissesses

ainda a todos os mil teria esperado.

*Texto fictício

Camila Trideli
Enviado por Camila Trideli em 03/07/2008
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