MEUS AIS

MEUS AIS

Paulo Gondim

19/06/2008

Meus triste ais não têm fim

Partem da alma ao infinito

No lamento de meu grito

Que ecoa no ar

E se perde na saudade

De quem não quis ficar

E partiu como ventania

Desapareceu nos montes

E se fixou no céu, como astro

Que de longe ilumina a noite

E o mesmo vento como açoite

Me tortura, sozinho no meu claustro

E comigo, meus ais

No soluço de quem ama

Que aos céus eleva o peito e clama

Por um pouco de carinho

Pela presença reclamada

Que se fez ausente, da pessoa amada

Assim são meus ais

Muito mais tristes, mais doídos

Abafados no peito, retraídos

Amarrados na garganta como nó

Na angústia constante de um coração só

Que já não sente o calor do afeto

E nem sequer a esperança de te ver por perto

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 19/06/2008
Código do texto: T1042238
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