GAIVOTA BRANCA
RosanAzul

Gaivota branca
Em água suja
Que se fez pranto
No pio da coruja,
Quebrando o encanto
Do que não era
E se acabou.

Gaivota solitária,
No meio do bando inqueto
Sobrevoa o remanso
Rumo ao deserto
E no descanso,
Fez-se visionária.

Gaivota distraída,
Ensaiando passos
No fim de tarde fugidia.
Ao por do sol o acalanto,
Na dor da saudade
De outro porto.


Joinville, 04 de junho de 2008
RosanAzul
Enviado por RosanAzul em 04/06/2008
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