Não deveria sequer pensar no seu nome que repito sem sentir. Mil vezes. Dias e noites. Sol e chuva.  Verão e inverno. Céu e inferno. Luz e trevas.
Perdição.
Desejo, sede do cio, exaustão e seca.
Árida, solo infértil, terra vermelho sangue.
  

Obstinada
Cantam aves do mau agouro sob o bodoque do menino.
Persistem, insistem, espantam a sorte e a bem
aventurada mãe. 

Estou ausente, pranteando a oportunidade
negada, exilada em capas de veludo e cetim brocado.

Enfeitei os cabelos com fitas coloridas e deixei que o azul transformasse as dores em centelhas de infinitos tons.
Arcos -íris e balões encheram os céus de sonhos.  
Devaneios. Crianças brincam alheias e os frutos
amadurecem.





 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 01/06/2008
Reeditado em 30/08/2018
Código do texto: T1015346
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