BRISA DA SAUDADE

BRISA DA SAUDADE

Caminhando na beira do mar

sem direção, fui colhendo

espumas das ondas que

cobriam meus pés,

para escrever um poema,

para a sombra do meu

amor, que a maré levou

para guardar

em suas profundezas...

Sem saber aonde ia,

fui seguindo as pegadas

que as ondas apagaram,

levando comigo

a esperança de ver

sua imagem flutuando

na brisa que me envolvia

em saudades..

Pulei ondas,

para nadar contra a maré,

tentando salvar o amor,

se afogando na correnteza

do adeus...

Senti-me na pedra

que foi o trono dos nossos sonhos,

olhando para o nada que separava

o mar do infinito, tinha a esperança

de sua sombra passar

quando vento chegava

junto com as ondas...

Rogério Miranda

poeta da paz

poeta da paz
Enviado por poeta da paz em 26/05/2008
Código do texto: T1006213