BRISA DA SAUDADE
BRISA DA SAUDADE
Caminhando na beira do mar
sem direção, fui colhendo
espumas das ondas que
cobriam meus pés,
para escrever um poema,
para a sombra do meu
amor, que a maré levou
para guardar
em suas profundezas...
Sem saber aonde ia,
fui seguindo as pegadas
que as ondas apagaram,
levando comigo
a esperança de ver
sua imagem flutuando
na brisa que me envolvia
em saudades..
Pulei ondas,
para nadar contra a maré,
tentando salvar o amor,
se afogando na correnteza
do adeus...
Senti-me na pedra
que foi o trono dos nossos sonhos,
olhando para o nada que separava
o mar do infinito, tinha a esperança
de sua sombra passar
quando vento chegava
junto com as ondas...
Rogério Miranda
poeta da paz