CALMARIA

Passei dias, passei meses, talvez anos,

Debatendo-me no paroxismo da dor;

Fui levada nos tufões dos desenganos,

Sem guarida, sem alento e sem amor.

Vieram as trevas e me perdi na escuridão

E o torvelinho me jogou no descompasso

Mas a aurora despertou na imensidão

E eu fui guiada pelo Sol em cada passo ...

E eu contemplo a irradiação em cada uma

Das estrelas que pontilham no Universo;

Eu vislumbro Esperança em tudo e em suma,

A felicidade é o que celebro em cada verso.

Enfim, reencontrei o paraíso em plenitude,

O frescor do vento refrigera a minha alma;

Adormeci mas acordei de um sonho rude

E reconheço com júbilo que estou calma !