Silêncio das Árvores

“Silêncio das árvores”

Você chega agitada

Meu colo lhe aguarda

Aconchega milimetricamente

E relaxa

Sou homem de paina

Macio e sólido

Tronco com espinhos

E flores rosas no topo

Só escuta meu peito de lenhador

Que colhe galhos de palavras

Por versos aí

Faz-se silêncio

Daqueles bem reveladores

Não vou dizer nada

Absolutamente calmo

Palpitam soluços

Vai desmanchando

Desnuda mulher

Toco-lhe em cascas

Que conheço

Não sei em que vida

Fomos tão unidos

Simbiose magistral

Gamados

Sou paineira

Você também

É gameleira

E eu, digo-lhe : vem!

JB Alencastro

JB Alencastro
Enviado por JB Alencastro em 21/02/2008
Código do texto: T869219
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.