Sereia, te amo!

Para além dessa angústia quotidiana

Percebi, por intermédios, um fato

A transição da amargura humana

À paz, que também é um fardo,

Vai além do pessimismo da cana

Ser humano vai além mesmo do cigarro.

Ingresso assim por definitivo

Na minha era de paz e luta

Assim teimo, ver se consigo

Ser portátil na mesma labuta

E se eu recuar por qualquer motivo

Vou reler esse poema, minha voz última.

Não desdenho, faço mesmo o contrário

Para encontrar certa paz nessa idade

Muito amargor é mesmo assim necessário

Pés sujos para caminhar pela felicidade

Me levanto pois é que deveras caio

Ossos do ofício, cartilagem da maldade.