EFEMERIDADE DO MEU SER
Desejo alçar-me no vento infinito,
Mergulhar no abismo do mar profundo,
Tocar o enigma do tempo, em mim, finito,
Desvendar os segredos do mundo.
Almejo dançar até que a noite se apague,
Viver! O futuro é demasiado tarde.
Que a lua me ilumine!
Que o som permaneça, em mim, constante.
Quero que a melodia me envolva,
Pulsando em outra dimensão,
Neste viver efêmero,
Onde não existe perfeição.
Anseio o toque divino, etéreo e gentil,
Nesta existência complexa, enigmática e sutil,
Que perturba o espírito poético e imortal,
E nos passos celestiais, a ilusão se perpetua, sem igual.
Desejo que meu coração se mantenha,
Livre de dores e desamores,
Em ritmo constante e sereno,
Celebrando a vida, em seu ciclo pleno.