Sob à sombra do Ingazeiro

Dormira um sono de tempo, na brisa calma, de rosto, sob à sombra do Ingazeiro.

Trilhas e tais veredas, um campal de margaridas, enchia os olhos de paz.

Uma estrada de poeira, pedregais e saudade.

Havia uma capela de barrote, um altar, um santo oco, dias de sóis felizes.

E entre um labor de suor, desciam pra descansar, uma moringa de barro e gargalo, risos de sede e frescor.

Os moços de rostos rústicos, as moçoilas tão bonitas, um cochilar sob à sombra do Ingazeiro.

E assim se findava o dia, de tarefas, de alegria, de pó, canseira, um enfado de doce utopia.

Dormira um sono de tempo...

João Francisco da Cruz