Juliana (in memoriam)
É meia-noite, Ju.
Vim estampar amor na tela:
"Tenho um par de patins. Sabia?
Guardo comigo a memória do quanto nós nos divertíamos
Patinando no corredor ou na quadra do prédio.
E os buracos no piso? E a gente pisando na grama? A gente caindo com tudo!
Havia muita diversão todo dia, com bicicletas, bolas de gude, elástico,
Amarelinha, futebol, bolinha de sabão, corrida, gelinho, sorvete,
Correndo, pulando...Ufa! Haja energia!
Nossas tranças, estilo Djavan.
Sua personalidade e beleza marcantes.
Sua inteligência ancestral e das ruas.
Sua família sempre unida.
Nós nos tornamos adultas e já não ficávamos
Tanto tempo juntas, como na infância.
Nossas escolas não foram as mesmas, nem mesmo as nossas escolhas.
Você era livre, popular, ia e vinha quando bem queria.
Mulher, você dirigia, viajava, ia a festas...
Você teve um filho, Ju! Mas perdera sua mãe poucos anos antes de ele nascer.
Eu saí dali de onde crescemos.
Voltei apenas uma vez para visitá-la.
Mantínhamos contato somente pelas redes sociais (?).
Há 5 cinco anos, eu me despedi de você, à distância.
Você não completara nem 30 anos.
Metade sua, um pouco de cada um dos seus ancestrais, permanece encarnado.
Quando puder, eu quero deixar flores em seu leito:
Enfeitarei o abrigo do seu corpo,
Homenagearei sua memória e rezarei pelo seu espírito.
Tenha muita luz em seu caminho.
Eu a amo para sempre, amiga."