Respeito Próprio.
Por respeito a si mesmo
Dias haverá
Que te seja necessário
Permitir aos teus olhos
Ver o ouro
Mas que esse não reluza
Permitir aos teus sentidos
Saber que o vento sopra
E não ouvir o farfalhar das folhas
Abandonar a condição humana
Não amar, em amor próprio
Por amar-se em primeiro lugar
e não mais apegar-se a nada
por honrar a vida
Deixar-se ficar
e, não mais permanecer
Saber o escuro da noite
O brilhar das estrelas
O canto dos grilos
Compreender aquilo que não te cabe
e o que te cabe também
Mas apenas calar-se num pranto
Calar-se por respeitar-se
E deixar que as águas fluam
Sem jamais delas beber
Belas serão as paisagens
Das janelas, das sacadas
Belas sem as querer
Mantenha tuas portas fechadas
Tua mente calada
Gosta antes de ti mesmo
Por respeito próprio
Sê tu teu universo.
Edson Ricardo Paiva.