(Des)humanidade - Em respeito à dor do povo palestino
Não há canto
No pranto sofrido
Na angústia da dor.
Não há riso
No grito contido
Na falta de amor.
Não há cores
Onde o aroma das flores
É arrancado do ar, em profusão.
Não há sabores
Onde cinzentos vapores
Fazem da paisagem uma devastação.
Não há brilhos
Nos olhares de pais, mães e filhos
Que se buscam, sem mais nada a fazer.
Não há esperança
Quando nem mesmo a criança
Recebe o direito de viver.
Ah, essa dor também é minha e sua.
Ah, essa dor é real, fria e crua.
Ah, essa dor traz a marca da crueldade.
Quando foi que inventamos fronteiras?
Quando foi que nos criamos barreiras?
Quando foi que deixamos de ser humanidade?