O calor da alma gélida
Hoje completou um dia após o outro em sua caminhada,
E que ao amanhecer encontrou a face pálida,
Gente do céu veio me visitar no dia da provação,
Pois cada ato insólito me veio de antemão.
Tempos difíceis vieram tornar o tempo estável,
Era algo impossível ou mesmo inacreditável,
A vida estava lapidada como o mais precioso diamante,
O morrer tornou fazer algo ainda mais distante.
Engana-se quem acredita na própria indiferença,
A verdade é são como faixas de um disco sem crença,
Desapareça da face da Terra as próprias tentações,
Delimitam o céu e a terra livrando das indagações.
O limite para o ser é nada o ser mesmo descartável,
Como papel que acabou de ser expandido moldado,
Algo de bom acontece neste mundo admirável,
O resto é ver a face de um mundo mudado.
Entretanto é mais difícil ser aceito pelas excentricidades,
O que mais me ocorre é a decaída das torrentes aurais,
Nisto, creio eu ser a forma de liberar as eletricidades,
A emoção do ser humano é mostrar que ele pode demais.
Não acho certo tanta injustiça ocorrendo neste mundo infinitesimal,
Uma corrente segura pelos dentes a alma carente,
Estava voltando agora ao meu distinto opaco gélido normal,
A carência de fé deixou a alma mais fria ou até quente?!