COLHENDO PEDRAS

Colhendo pedras
Imaginando as mágoas
Contidas nelas.

Esperando alucinações
Aproximar-se a emoções
Onde lágrimas chegam à mão.

Recolhendo as vontades
Dum amor que partiu deixou saudades
Dum sonho que quimera era novela
Dum desejado carinho endurecido em pedras.

Abro olhos num horizonte que me perco
Piso em poças de lástimas perdidos desejos
Fantasmas que erguem em madrugada
Derrotas, abandono, falta de uma amada.

Nas sombras que se fazem arte
Arde em delírios convexa realidade
Vaga a mente vagarosamente e sente
Histórias sempre serão de gente.

Dores, amores, vaidades perdidas
Tudo que vaga numa espessa neblina
Com ou sem nexo chega numa noite fria
Final em versos que na madrugada alivia.