Entre Eros e Ágape
Lembro do tempo onde tudo parecia igual
Dias e noites sobrevinham e a vida permanecia sem sentido
Sem saber o que fazer invoquei a Deus uma luz
O horizonte clareou...era a resposta ao meu pedido
Ele replicou usando a natureza como guia
Por simples comparação, deduzi que daqui para frente deveria avaliar melhor meus passos
A estrada que escolhi sempre foi a mesma, disso nunca tive duvidas
Deveria sim concatenar atitudes as ações firmes para não cair no engodo dos Senhores dos laços
Sabia que não seria fácil, mas era minha existência que estava em jogo
Na sociedade onde vivemos, o baile de máscaras é diabolicamente cruel
Um falando mal do outro, mas no fundo, inimigos in love
Teria que representar sem deixar de ser eu mesmo exercendo na vida meu papel
Ao nascer, naturalmente aprende-se viver atravessando com naturalidade as diversas fases da vida
A questão é quando parte dessa história é parcialmente alterada pelos efeitos de um mal
Com o tempo, sua psique se desenvolve esgueirada sem que saiba ao certo o que é e seu papel neste mundo
Esse é o maior dos infernos de quem nasceu e ainda criança desenvolveu o pequeno mal
Difícil crer, mas tudo na vida dessas pessoas passa ser determinado pelos outros
O indivíduo cresce numa bolha sem exercer o papel que naturalmente seria o seu
Pensar fora do convencial passa ser um crime, atentado aos bons costumes, delito grave
Sua existência, palavras e pensamento passam ser objeto de censura como se nada neste mundo fosse seu
E espirituoso como as pessoas se descobrem neste mundo
Ao encontrarem a si mesmas desenvolvem com seus pares laços de ternura e afeição
Quando os objetivos são claros sem que por trás hajam maledicências, tudo acontece naturalmente
Deveria ser natural o hiato entre espelhos denotar a distancia entre Eros e Agape em dois corações.
Manoel Claudio Vieira – 07/05/23 – 02:42h