ERVA DA PAZ
Sou como a elegância do vento
Que maquilha as tardes de calor
A voz que soluça no tormento
E exalta as tonalidades do amor.
Sou a paz na voz do homem aflito
A quimera que o deixa sossegado
As saídas em torno do labirinto
Que atiçam a fé do encarcerado.
Sou o sorriso no batom da solidão
A paisagem esvaziada no olhar
A esperança amarrada na imensidão
Em terra hostil, sôfrega de sonhar.
Sou a poesia da luz que se refaz
Que renasce em cada mundo, cada céu
Cada astro, em cada luar, do breu
Em cada chamado, qual erva da paz.