Armadura.

Sorrir

De vez em quando

Permitir que o mundo veja

Mas, que seja perene

O que fica no ar

Chorar

e, às vezes permitir a crença

Mas é certo que fica

Entre mim e o criador

O que pensa o coração de ambos

E que seja a vida poesia

Que poderá ser lida hoje

Como um mero poema sem rima

Que vinha e que não veio

E deixou oculta a linha

Porque foi preciso

Um pranto ou sorriso

Detrás da armadura

Um misto

De malícia com doçura

Porque assim o mundo exige

A beleza da poesia

Pode ser que outro dia

A quem mereça

A luz que vem de longe

Há muito se apagou

A estrela finge.

Edson Ricardo Paiva.