ACALANTO
Não tão distante, um violão plangente,
abraçado por um sonhador,
toca de leve, assim feito um sussurro
o coração da gente...
Enquanto uma brisa suave nos acaricia,
a gente escuta com o coração
a melodia que mansamente,
pela emoção também nos contagia.
Numa noite, antes silenciosa,
que não nos faz adormecer,
de imediato chega tão dengosa,
que nos enternece. Como não se render?
Render-se àquela emoção tão melodiosa!
Aí, a gente embarca no encantamento
naqueles momentos, de luz radiosa
iluminado assim, a noite, antes silenciosa.
E embevecidos, saímos da realidade
para o mundo dos sonhos...
É quando a noite, ao se fazer menina,
nos põe no colo e nos acalenta
até o amanhecer.