Tombam árvores

Rios e mares estão poluídos

Solos são contaminados

Caçam animais silvestres

Garimpos ilegais afloram

Ceifam vidas de homens e mulheres

Lastros de fogo e sangue

Fazem arder a floresta

O Brasil queima suas histórias

E o povo grita por socorro

São muitos, inúmeros

Só pra lembrar tem

Chico Mende, Doroty

Maria e Zé Claudio, Maxciel

Paulino Guajajara, Maria Trindade...

E agora, unem-se nesse chão/rio

O sangue de Bruno e Dom

Tal qual quando Brasil foi descoberto

Dizimam nossos irmãos

Índios, quilombolas, extrativistas, agricultores familiares

Únicos presentes

A defender nossas florestas

Seus territórios, onde moram,

De onde tiram seus alimentos e, os nossos

Tomam conta de lugares importantes para o planeta

Rolam cabeças, sangue de guerreiros e guerreiras

Verdadeiros fiscais

Defendem com suas vidas

Tudo aquilo que estamos deixando afundar

A luta desses povos é grande

E, aos ambientalistas

Tornou-se proibido defender

Os protetores da floreta

A ordem é calar

Mas, esquecem de um detalhe

Quanto mais sangue, mais sofrimento e mais dor

Aumenta o desejo de resgatar a paz

Chega de uma região que exporta

Soja, boi, milho, arroz, açaí ...

Mas seu povo passa fome

E a fome que mais mata

É da injustiça

É o ataque a democracia

É a da política do faz de conta

Que os olhos veem

E o coração sente

Procuram-se os corpos

Tombaram Bruno e Dom

Suas vidas foram ceifadas

Mas sua luta não

Juntam-se ao exército de luz

Iluminando o povo brasileiro

E incentivando a manter-se

Unido, forte e sereno

Para poder fazer valer

O direito de todos

 

 

Syglea Lopes
Enviado por Syglea Lopes em 15/06/2022
Reeditado em 15/06/2022
Código do texto: T7538490
Classificação de conteúdo: seguro
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